RESENHA DE NÃO HÁ DIA FÁCIL
Se eu fosse um homem nascido nos EUA com certeza me tornaria um SEAL, que é ser, praticamente, um soldado de elite da Marinha norte americana, fazendo parte das forças especiais. Os caras são programados para combates em situações extremas através de treinamentos realizados com afinco por seus instrutores. Quase como heróis da vida real, estão presentes em quase todas as situações de risco relativas ao país; um grande exemplo disso - que também é retratado no livro - foi o sequestro do Capitão Richard Phillips por piratas somalis. É claro que você já deve ter ouvido falar da adaptação dessa história para o cinema, estrelado pelo Tom Hanks.
Além disso tudo, se você nunca ouviu falar do filme Capitão Phillips (corre pra ver), ainda tenho como um ótimo exemplo o livro Sniper Americano, também adaptado para filme, onde conhecemos a história do maior atirador dos EUA, também um SEAL.
Mas vamos à história do livro, que é o que de fato vocês querem saber. Escrito de forma simples e bem direta, o autor optou por ocultar os nomes verdadeiros dos integrantes da Operação Lança de Netuno, assim como quaisquer práticas ou equipamentos que sejam segredo de Estado. Apesar disso, ele consegue expôr os fatos de maneira inteligível, explicando a lógica das situações e a finalidade de diversos equipamentos - armas, coletes especiais, aviões militares.
Nos conta, inicialmente, sobre como surgiu sua vontade de ingressas nas Forças Armadas, sobre o sonho de se tornar um SEAL desde a mais tenra idade. São narrados flashs da sua infância no Alaska, sua habilidade e familiaridade com armas desde novo e o posicionamento da sua família quanto à sua escolha profissional.
Feito isso, passamos a conhecer o funcionamento da Marinha, os treinamentos compostos de erros e acertos por parte do protagonista da história, e a vontade forte de conseguir vencer os obstáculos para honrar e vingar seu país depois do 11 de setembro. Depois disso, o livro caminha para a Operação Lança de Netuno, responsável por matar Bin Laden. Narrada aos mínimos detalhes, o autor nos conta quais foram os dramas ocorridos, os acidentes inevitáveis e as mortes dos líderes da Al-Qaeda. A precisão dos detalhes é enorme, o que serviu para dúvidas pipocarem na minha cabeça em relação a total veracidade do que estava sendo narrado.
Ainda assim, o livro vale pelo conteúdo, pela dinâmica da narrativa e pelo conhecimento que se obtém sobre uma das forças especiais militares dos EUA. Eu creio que sou suspeita para falar, porque esse tipo de assunto me fascina. Se você é como eu, embarque na história. Encontre verossimilhança ou não nos fatos narrados e descubra, finalmente, uma das versões sobre a morte de um dos terroristas mais odiados do mundo.
NOTA: 4/5