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RESENHA DE FRANKENSTEIN


 

Considerada a primeira obra de ficção científica, quem nunca ouviu falar de Frankenstein? A história do cientista que constrói, em seu laboratório, um monstro horrendo. Foi, sem dúvida, uma das obras percursoras do gênero de horror, inclusive considerada por Stephen King (um dos meus autores preferidos), um dos maiores clássicos desse gênero.


Não há palavras para descrever a perfeição que é essa edição da Darkside Books. Mesmo que você não goste de horror, não goste de clássicos, ou até não goste de livros, você vai querer essa edição. Tenha certeza disso. Basta o primeiro olhar para se apaixonar. Capa dura, ilustrações belíssimas, diagramação impecável, é uma verdadeira obra de arte em forma de livro.


Como eu disse anteriormente, essa é a história de Vitor Frankenstein, apresentada a nós sob sua própria perspectiva, ao narrar seus sofrimentos ocasionados pela culpa de ter colocado no mundo um monstro. Dr. Frankenstein, um estudante de ciências naturais, conta ao capitão do navio que o resgatou do pólo norte, seu caminho até aquele momento, entrando em detalhes sobre o que estava perseguindo e o motivo por trás disso.


Logo no início, somos apresentados a família de Vitor e após, sua mudança a fim de iniciar os estudos. Sempre interessado em alquimia, estudando autores já obsoletos em sua época, como Arippa e Paracelso, obteve inspiração na infância a ter paixão pela ciência; bem como, na vida adulta, a dar cabo de suas ideias excêntricas.


Vitor se sentia atraído pelo corpo humano e sempre se perguntava de onde vinha o impulso por detrás da vida. Não demorou muito até que criasse um ser monstruosamente feio, e sentisse repulsa de sua criação, o abandonando a própria sorte.


Seu monstro, embora tivesse uma péssima aparência, possuía uma beleza interior marcada pela curiosidade e afeição que nutria pelas vidas humanas. Contudo, foi rechaçado várias vezes por conta de sua aparência, e acalentou um ódio mortal dentro de si em relação às pessoas e em especial, contra seu criador.


Armado com uma sede de vingança, o monstro vai atrás de seu criador com o objetivo de destruir tudo o que ele amava, se não criasse uma cópia monstruosa feminina para não viver mais solitário. Ao negar seu pedido, passamos a conhecer a fúria do monstro, que ao meu ver, era muito bem justificada.


Apesar de ser um clássico e de todo peso literário que a obra traz por conta disso, a escrita meticulosa e pomposa da autora não me atraiu. Muitas vezes me senti desanimada com a história pelo drama exagerado da narrativa. Não nutri nenhuma empatia pela dr. Frankenstein, o que me afastava do seu relato. Assim, o capítulo que mais me prendeu na história foi sobre a explicação do monstro acerca de seus motivos e traumas. Dessa forma, me identifiquei muito mais com o monstro, que teve seu sentimento deturpado por culpa da maldade humana; do que com homem, que não tinha motivos para repelir sua criação, além de ser imaturo e irresponsável em suas escolhas egoístas.


NOTA: 3.5/5

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