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RESENHA DE A COR PÚRPURA


 

Muitos já devem ter visto ou ouvido falar a respeito do filme homônimo lançado em 1985 que teve várias indicações ao Oscar. A autora, Alice Walker, escreveu o livro em 1982, e ganhou o prêmio Pulitzer (que é um prêmio dos EUA concedido aos profissionais da área literária, musical ou de jornalismo pela realização de trabalhos excelentes).


Acompanhamos 40 anos da história de Celie, uma mulher negra na sociedade machista e racista dos Estados Unidos, que sofre todo o tipo de abusos possíveis e imagináveis.


Celie possui apenas 14 anos no início da história, e nós passamos a conhecer seu sofrimento através das cartas que ela escreve para Deus, por não ter ninguém a quem desabafar sobre as injustiças e sofrimentos pelos quais passa. Descobrimos que a protagonista sofre abusos sexuais praticados pelo próprio pai, fazendo com que Celie tenha dois filhos. Além de ser separada dos filhos, também é separada da irmã ao ser vendida em casamento para um homem que a brutaliza e maltrata.


Sua vida tão sofrida começa a mudar depois que conhece Shug Avery, uma mulher talentosa e independente, que começa a fazê-la enxergar outras nuances da vida que diferem da dor e da solidão, fazendo com que seja mudada de todas as formas possíveis.


Esse livro não é escrito na forma culta, e assim faz com que sejamos impactados a todo instante com humildade da protagonista. É um livro triste, que te mostra várias faces da injustiça que permeia o mundo de maneira cruel, nos deixando impotentes diante dela. Por diversas vezes fiquei emocionante e torcendo para que mais nada de ruim acontecesse a Celie. Se eu não estava aguentando mais, como ela poderia aguentar?


Essa leitura é mais que indicada, é essencial, pois nos faz abrir os olhos e enxergar além de nós mesmos. Atualmente no mundo, milhares de mulheres sofrem abusos constantes, sem que os culpados sejam responsabilizados. Super indico!



NOTA: 5/5

© 2017 por Blog Folheando

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