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RESENHA DE OS TRÊS MOSQUETEIROS


 

Este livro faz parte do Desafio 12 Livros para 2017.

Sim, é um absurdo o nome do livro ser Os Três Mosqueteiros, quando os protagonistas dessa história incrível são quatro jovens rapazes mosqueteiros. Mas saiba, isso foi proposital por parte do autor, certamente achando que esse detalhe contribuiria para o sucesso da obra. E não é que deu certo?! Conheceremos ao longo dessa trama inesquecível, os mosqueteiros Porthos, Aramis, Athos e D'Artagnan, além de seus fiéis criados: Mousqueton, Bazin, Grimaud e Planchet, respectivamente, que também possuem sua cota de contribuição essencial para o desenrolar da narrativa.


Antes de tudo, tenho que falar dessa edição da editora Zahar, que apesar de ser em versão bolso, é bem confortável durante a leitura. Não se assustem com o tamanho! É uma leitura muito fácil, escrita para o público através de folhetins na época de sua publicação e repleta de diálogos que dão fluidez à obra, fazendo as páginas voarem nas mãos.


Nosso principal protagonista, D'Artagnan, dotado do terrível dom de combater com fúria seus inimigos (seja intelectualmente ou pela lâmina de sua espada) e amar com fidelidade seus amigos, é quem iremos acompanhar na maioria das cenas retratadas no livro. D'Artagnan tem 18 anos e vem da Gasconha com a ambição de se tornar mosqueteiro de sua majestade real, Luís VXIII de França, sob as ordens do capitação dos mosqueteiros do rei, M. de Tréville.


Vale lembrar que todos esses personagens são reais. Apesar da história ter sua parte de ficção, sua base é recheada de acontecimentos históricos fatídicos. O que só deixa tudo muito mais interessante! Além disso, temos os grandes antagonistas da histórias representados pela figura do Cardeal Richelieu e Mme de Chevreuse - nunca vi vilã mais cruel e dissimulada!


Enfrentando a guarda do Cardeal quando necessário e defendendo os interesses da Rainha Ana de Aústria e de seu amante inglês, Lorde de Buckingham, para evitar que o Rei descubra todo o segredo, os mosqueteiros são muito bons no que fazem, e Alexandre Dumas é magnífico ao escrever as cenas de ação e lutas, dando enfoque no cavalheirismo pomposo que permeava a época. O Cardeal e seus lacaios, incansáveis, querem desmascarar a Rainha e não medem esforços para isso! Nesse caos político de intrigas e jogos de interesses, uma guerra é formada; Milady (ou Madame Chevreuse), se aproveita da situação para exercer seu controle e cultivar sua ambição, mesmo que para isso, vários em seu caminho sejam assassinados em favor de suas vontades.


No meio de toda essa trama intrincada, surgem sempre as figuras de nossos adorados mosqueteiros, que cheios de coragem e habilidade, lutam em prol da justiça - e também, claro, um pouquinho por seus interesses pessoais. Adorei especialmente as personalidades tão distintas de todos e muito bem construídas, onde pude, mesmo através de uma frase, distinguir quem estava se referindo a quem, bem como identificar os segredos que tentavam esconder.


É uma obra grandiosa e incrível, que marcou e marcará gerações para sempre - quem não conhece a frase imortalizada "Um por todos e todos por um?". Sem dúvidas um livro muito bem escrito, que possui leveza e agilidade. Fiquei encantada com toda a construção do enredo e com todos os personagens, profundos em suas motivações diversas. É um livro para ser lido e relido, como uma diversão de ótima qualidade (inclusive, pude dar gargalhadas em vários momentos)! Depois desse, quero ler todos os livros possíveis de Dumas!



NOTA: 5/5

© 2017 por Blog Folheando

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